Foto: Ivaldo Regis

Vice-líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) se reuniu, nesta sexta-feira (09) com a secretária executiva de Segmentos Sociais, Marília Bezerra, e a coordenadora de Promoção de Direitos da População LGBT, Poliny Aguiar, para discutir soluções dos últimos casos de violência contra população trans em Pernambuco. Na reunião, disponibilizou uma emenda de R$ 100 mil para o fortalecimento da política pública LGBTQI+ no Estado. 

No encontro, o parlamentar entregou um ofício à Secretaria Executiva de Segmentos Sociais, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, pedindo que sejam feitas novas ações que objetivem a conscientização da violência contra o público LGBT. “Em 15 dias, tivemos três casos chocantes no Estado. Por isso, compreendemos a importância de fortalecer ações de conscientização. Não podemos permitir que esse casos fiquem impunes. Precisamos unir forças e lutar para que o discurso do ódio e intolerância não permeiem em nossa sociedade. E o caminho para isso são ações de prevenção”, afirmou. 

Na reunião, Diogo também informou que infelizmente, hoje a população se deparou com a triste notícia que Roberta, que foi queimada viva há cerca de duas semanas no Recife, não resistiu e faleceu. “Esta semana, outro triste caso chocou não somente a população de Santa Cruz do Capibaribe, mas todo Estado. Foram três casos de violência envolvendo a transfobia”. 

De acordo com a ONG Transgender Europe (TGEU), que monitora 71 países, o Brasil mantém a posição de país que mais mata transexuais no mundo, à frente de México e Estados Unidos. O país teve 175 assassinatos de pessoas transexuais em 2020, segundo relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), o que equivaleria a uma morte a cada 2 dias.

Em 47% dos crimes, golpes e/ou tiros atingiram principalmente partes específicas do corpo como rosto/cabeça, seios e genital. Em 24% os meios foram espancamento, apedrejamento, asfixia e/ou estrangulamento – as mortes por esses tipos de violência cresceram. Em 8% foram usados outros meios, como pauladas, degolamento e fogo.

Em 16% dos assassinatos foi usado mais de um método de violência. Em 24 casos, o meio utilizado para cometer o crime não foi informado.

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